sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Quando a última imobiliária explodir sobre os escombros do último banco, o mundo será um lugar decente"

Há dois meses recebemos a notícia de que a sala de nosso escritório foi vendida. 

Iniciou-se a saga.

Como locar um imóvel em Curitiba?

Pois bem, o primeiro passo é entrar em todos os sites de imobiliárias possíveis. Após isto, há um link (nem sempre)para visualizar as fotos do tão sonhado seu espaço e entrar em contato com as ditas-cujas para dar início a burocracia.

Vocês tem fiador? Não.
Vocês tem um milhão de dólares? Hum... não.
A mãe de vocês pode ficar como garantia no caso de não pagarem o aluguel? Olha... acho que não, né.

Humm... Esses são os requisitos básicos para locar em Curitiba...

E a Lei de Locação serve pra que?

Art. 38. A caução poderá ser em bens móveis ou imóveis.
      (...)
        § 2º A caução em dinheiro, que não poderá exceder o equivalente a três meses de aluguel, será depositada em caderneta de poupança, autorizada, pelo Poder Público e por ele regulamentada, revertendo em benefício do locatário todas as vantagens dela decorrentes por ocasião do levantamento da soma respectiva.

Até aí tudo certo. Conseguimos a caução no valor de três aluguéis e uma verdadeira santa que dospinibilizasse o nome para ser a Locatária. Porém, quando estávamos a um passo de assinar o contrato, recebemos mais uma doce surpresa:  Garantir três meses de aluguel não é o suficiente. Precisa garantir DOZE/ UM ANO INTEIRO!

Pergunta: Moço, mas a Lei de Locação é clara nesse aspecto e vocês só podem pedir TRÊS meses de caução.

Resposta: Pois é... a Lei até diz isso, mas cada imobiliária faz como acha melhor.

Pergunta: Por que é necessário garantir um ano de aluguel, se no caso de não pagarmos podemos ser despejados em um mês?

Resposta: (Silêncio Total)

Pergunta: Você pode documentar isso através do nosso e-mail?

Resposta: Pra que?

Pergunta: Bem, como a lei não serve pra nada aí nesse espaço, queremos que tudo fique documentado...

Resposta: Ah, claro.

Permanecemos sentados esperando.
 
Por Ana Rivelles e Juliano Torres

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